sexta-feira, 4 de outubro de 2013

CRÔNICA DE UM CAIPIRA

Ele nasceu numa humilde cidade chamada Campina do Monte Alegre, interior do estado de São Paulo. Lá a vaca faz móóórrr e o pintainho faz piiiirrr! Um dia esse camarada saiu meio sem rumo, como dizia a música da época: 'Sem lenço, sem documento'; foi estudar e trabalhar em São Paulo, capitar. Não ficou muito tempo e logo mudou-se para Campinas, pois tinha em mente cursar uma faculdade. No seu primeiro ano de faculdade encontrou um amigo,que o levou para a 1ª Igreja Batista de Campinas, onde num culto de mocidade, já durante o louvor, foi convencido pelo Espírito de que era pecador e necessitava da graça salvadora do Senhor Jesus para ser salvo. Assim, em novembro de 1984 esse caipira da Campininha começa a ser confrontado com a Palavra e gradativamente foi sendo transformado pelo poder de Deus. Ainda cursando o 3º ano da faculdade inicia sua carreira como professor no Colégio Batista de Campinas. Grandes desafios, muitos estudos, preparação de aulas e assim o Caipira foi evoluindo. Fez muitas amizades, incluindo um casal que eram pais de suas alunas. Conversa vai, conversa vem; num determinado dia esse casal o convida para participar de um Retiro Espiritual que a Igreja Batista de Campinas, hoje Igreja Batista Ágape, realizava sempre nos dias do Carnaval. Nessa ocasião o Caipira estava doidinho para se casar e então sentiu ser de Deus aquele convite, pois assim poderia conhecer a filha do Pastor da Igreja,uma bela Cearense que também já estava pensando em sair do caritó. Ao chegar no acampamento o Caipira manteve-se na expectativa de conhecer a filha do Pastor. Quando a vê seu coração ficou..., como explicar? Não sei, mas você que já passou por isso sabe. Um Caipira apaixonado! Nome de filme? Só se for do Mazzarópi! Pois bem, não demorou e logo ele contempla uma linda morena, sorridente, alta... Pensou: seria a estatura uma barreira? Repreendeu aquele pensamento e continuou firme com um único propósito: conversar com aquela linda mulher durante os três dias de acampamento. Para encurtar conversa, num domingo de manhã, por providência divina, a bela Cearense senta-se na mesa em que o Caipira estava tomando café com amigos e alunos do Colégio Batista. E agora? Como conversar com ela? Novamente, por providência divina – você pode não crer, mas ela existe – de repente as pessoas começam a sair e como num piscar de olhos o Caipira então se vê na presença da Cearense sem seus amigos e alunos. Ele pensa: preciso agir rapidamente...! Adquire coragem e inicia uma longa conversa com aquela linda jovem. Ela calada e ele parecia uma metralhadora a disparar seus tiros no pobre coração da Cearense. Ela parecia calma, mas por dentro desesperada: que Caipira ousado, o que ele pensa que é? E assim foram quase 1h de fortes rajadas. Uma foi marcante quando o Caipira disse à Cearense: Deus tem um plano para as nossas vidas... Para o Caipira o plano referia-se ao casamento. Ela logo percebeu a intenção daquele Matuto. Novamente, para encurtar conversa, terminando o Acampamento começaram uma amizade com o objetivo de se conhecerem melhor, em seguida o namoro por dois anos, o noivado e por fim, no dia 04 de outubro de 1991, o Caipira casa-se com a linda Cearense. Ela natural de Fortaleza, uma linda mulher, coração sensível, às vezes até parece uma menina a quem aprendi a amar, a respeitar, a ouvir como parte mais frágil (1 Pedro 3.7). São passados 22 anos de casados e Deus nos deu como herança três maravilhosos filhos: Lucas, Larissa e Letícia. Abro parêntesis nesta postagem para dizer aos meus filhos: Queridos filhos, que vocês saibam e transmitam para os seus filhos que vocês são frutos do amor que um dia Deus colocou no coração de um Caipira por uma linda Cearense, a mãe que Deus já tinha para vocês antes da fundação do mundo. Minha amada esposa, Deus é fiel! Fazendo um retrospecto, vejo que errei e falhei em vários pontos, mas meu desejo foi e continua sendo – com muito mais intensidade agora – em chegar ao padrão de homem (marido e pai) estabelecido pelo salmista nos salmos 112 e 128. São 22 anos juntos! Amadurecemos, geramos filhos, passamos dificuldades, mas jamais nos sentimos desamparados. Hoje, estudando os salmos citados e outros princípios estabelecidos por Deus na Sua Palavra, entendo um pouco mais o que é ser marido, pai, conselheiro, líder espiritual para o meu lar e principalmente exemplo para os nossos filhos: no caráter, no falar, no agir. Reconheço, portanto, que jamais teríamos chegado até aqui se não fosse o temor de Deus operando em nós e planejando, desde o início, nos unir em matrimônio, para que fôssemos uma só carne. Dessa forma só nos resta dizer: “Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres” (Salmo 126.3). A Ele, só a Ele seja a honra, a glória e a majestade. Que nossos descendentes possam acessar esta postagem e conheçam o Criador, O adorem e O reconheçam como único e exclusivo Deus, cujo nome foi identificado por Ele mesmo como sendo YAVÉ. Com amor, Celso Lopes.

2 comentários:

Deise disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Deise disse...

Que linda história de amor....é muito bom saber que Deus já havia traçado essa história desde antes da fundação do mundo...Parabéns!!!!!!!!!