segunda-feira, 8 de julho de 2013

Sete verdades contidas no livro de Jó

Introdução O livro de Jó está cheio de sabedoria, revelações e verdades espirituais que se colocadas em prática, fornece ao crente uma vida plena e abundante no SENHOR. 1ª Verdade: Deus é soberano e Satanás só age debaixo da vontade permissiva de Deus Jó é relatado como um homem: “[...] íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” Durante um diálogo entre Deus e Satanás, Deus lhe pergunta: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” (Jó 1.8) Satanás então rebate a Deus dizendo que Jó O temia por interesse, afinal Deus o abençoára em todos os sentidos. Além disso, Satanás identificou uma sebe (cerca viva de proteção) ao redor de Jó, fato evidente da proteção de Deus ao Seu servo. Em seguida Satanás faz a Deus a seguinte sugestão: “Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.” (Jó 1.11). Em seguia Deus então aceita a sugestão do inimigo e no verso 12, Deus coloca sob o poder de Satanás tudo o que pertencia a Jó, porém com uma ressalva: "...somente contra ele não estendas a mão". Notamos nessas passagens que Deus é soberano e Satanás não teve como atingir a Jó, sua família e bens, sem que Deus o permitisse. 2ª Verdade: Satanás não consegue romper a sebe (escudo espiritual) que Deus coloca ao redor dos seus filhos No verso 10, Satanás mesmo revela o motivo pelo qual ele e seus demônios não puderam atingir Jó, a casa de Jó (esposa e filhos) e tudo quanto tinha (seus bens). Havia ao redor de Jó uma sebe (significa: confinar ou fechar com uma cerca ao redor). Essa proteção não era percebida fisicamente por Jó, pois se tratava de uma proteção espiritual. Satanás e os demais demônios são também seres espirituais que identificam facilmente essa proteção e são limitados por ela; sendo, portanto impedidos de agir – a menos que Deus mesmo retire a Sua proteção. Os versículos seguintes expressam de forma clara essa proteção: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.” (Sl 34.7) e "Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o SENHOR, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.” (Sl 125.2) 3ª Verdade: Nossa integridade e fidelidade a Deus não nos impede de sermos provados por Ele A integridade e a pureza de Jó foram observadas por Deus. Alguém poderia dizer: mas Jó temeu (Jó 3.25) os ataques do inimigo, abrindo uma tremenda brecha para Satanás operar. Entretanto, no segundo diálogo entre Deus e Satanás temos o seguinte relato: Perguntou o SENHOR a Satanás: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.” (Jó 2.4). Observe que Deus mesmo afirma: “[...] embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.” Logo só há uma explicação para o caso de Jó. Ele foi tremendamete provado por Deus e Satanás apenas cumpriu os propósitos de Deus para confirmar que Jó realmente era um homem íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal. 4ª verdade: Mesmo em meio ao sofrimento e provações podemos e devemos declarar nossa vitória e fé em Deus Jó 19.25-27: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim.” A declaração de fé e vitória feita por Jó foi fundamental e importante naquele momento de dor e sofrimento. Declarar é o mesmo que confessar, designar, profetizar em favor para que algo possa acontecer. A declaração profética de fé é contrária à atitude de murmuração; uma liberta a outra escraviza. Jó declarou fé no seu Redentor, profetizou a sua cura dizendo: “Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, [...]” e tudo aconteceu segundo a fé declarada, profetizada. 5ª Verdade: Em meio às provações devemos permanecer humildes, reconhecendo a grandeza de Deus No capítulo três Jó amaldiçoa o dia do seu nascimento, numa situação de pleno desespero, dor e angústia; afinal os ataques tinham sido impiedosos ao ponto de agora até a sua saúde ter sido atingida por tumores malignos por todo o corpo (Jó 2.7). E nesse momento de total fragilidade sua fé é confrontada ao ponto de dizer: “Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece.” (Jó 3.25). Porém as provações não acabaram aí, há um longo percurso a percorrer e agora – do capítulo 4 ao 28 – , seus três amigos, Elifaz, Bildade e Zofar, só lhe trazem julgamentos e condenação. Nos capítulos 29 ao 31, temos os relatos das defesas de Jó. Ele defende sua integridade perante Deus dizendo que nunca cobiçou, nem adulterou. Defendeu também sua justiça e sua vida de caridade. Afirmou que nunca foi infiel a Deus, nem vingativo ou hipócrita. Os capítulos 32 a 37 relatam as falas de Eliú, um jovem que com sabedoria e discernimento conduz Jó a uma reflexão sobre a sabedoria e a justiça de Deus e destaca também o Seu poder e a majestade. Nos capítulos seguintes, 38 a 42.6, temos o diálogo entre Deus e Jó. Deus se revela a ele como o Criador Soberano que tem todo o universo sob seu domínio. Perante a grandeza de Deus Jó se dobra e se humilha ao dizer: Jó 40.3-5: "Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei." Jó 42.1-2: “Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” Jó 42.5: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” 6ª Verdade: Jamais devemos julgar alguém pelas circunstâncias pelas quais está passando Os amigos de Jó o julgaram e o acusaram de ter pecado, por isso a mão de Deus pesava sobre ele: 1. Elifaz (Jó 22.5): "Porventura, não é grande a tua malícia, e sem termo, as tuas iniqüidades?" 2. Bildade (Jó 18.14) "O perverso será arrancado da sua tenda, onde está confiado, e será levado ao rei dos terrores." 3. Zofar (Jó 20.4-7): “Porventura, não sabes tu que desde todos os tempos, desde que o homem foi posto sobre a terra, o júbilo dos perversos é breve, e a alegria dos ímpios, momentânea? Ainda que a sua presunção remonte aos céus, e a sua cabeça atinja as nuvens, como o seu próprio esterco, apodrecerá para sempre; e os que o conheceram dirão: Onde está”? 4. Eliú (Jó 32 - 36): Eliú, com sabedoria e discernimento não julgou nem condenou a Jó, mas o conduziu a uma reflexão sobre a sabedoria de Deus, sobre a justiça de Deus e destaca também o poder e a majestade de Deus. Entretanto, Elifaz, Bildade e Zofar, foram repreendidos por não falarem verdade a respeito de Deus. Para não serem punidos, precisaram da intercessão do homem que eles mesmos acusaram de pecado (Jó 42.7-9). 7ª Verdade: Atitudes corretas em relação a Deus trazem livramento e restauração “[...] A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.” ( Jó 42.7b) Deus avaliou cada palavra proferida por Jó e encontrou retidão em todas elas. Observe algumas atitudes de Jó perante o seu sofrimento: Jó 1.22: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” Jó 2.9-10: “Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” Jó 40.3-5: "Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei." Jó 42.1-2: “Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” Jó 42.5: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Como resultado das atitutes corretas: “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra.” (Jó 42.10) Conclusão As revelações e verdades espirituais contidas na Palavra de Deus nos conduzem a uma vida espiritual abundante, livre das artimanhas e dos laços do inimigo. A orientação de Jesus é: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8.32)

Um comentário:

Unknown disse...

Belíssima Palavra e profunda! Que Deus o abençoe!