sexta-feira, 26 de julho de 2013
Como Deus atua quando jejuamos 4/4
“Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o Senhor;...” (1 Samuel 2. 12).
Deus reprovou duramente as atitudes dos filhos de Eli, a ponto de trazer a seguinte mensagem a Samuel: “Eis que vou fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que a ouvir lhe tinirão ambos os ouvidos. Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa; começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu” (1 Samuel 3. 11 - 14).
Samuel, ainda menino, relatou então a sua visão a Eli. E disse Eli: “É o Senhor faça o que bem lhe aprouver” (1 Samuel 3. 18).
A partir do capítulo quatro de 1 Samuel até o final do capítulo seis podemos verificar o cumprimento da visão que Deus deu através de Samuel:
1. Os filisteus derrotam os israelitas (1 Samuel 4. 2);
2. A Arca da Aliança é tomada. Hofni e Finéias são mortos (1 Samuel 4. 10-11);
3. A morte de Eli (1 Samuel 4. 18);
4. Tristeza da mulher de Finéias, a qual dá a luz um filho, chamado Icabô que significa: “Nenhuma glória” ou “Onde está a glória” (1 Samuel 4. 19-22);
5. A arca é levada para a casa de Dagom (1 Samuel 5. 1 e 2);
6. A arca é transportada para fora da terra dos filisteus (1 Samuel 6).
No capítulo sete vemos que Samuel exortou o povo ao arrependimento e desafiou para que todos jejuassem e confessassem os seus pecados. “Então disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar ao Senhor, nosso Deus, por nós, para que nos livre da mão dos filisteus” (1 Samuel 7. 8).
Como resultado do arrependimento, Deus transformou a derrota em vitória. Samuel sacrificou um cordeiro em holocausto ao Senhor. “Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Israel; mas trovejou o Senhor aquele dia com grande estampido sobre os filisteus e os aterrou de tal modo, que foram derrotados diante dos filhos de Israel” (1 Samuel 7. 10-11).
Quando confiamos no Senhor e O buscamos Ele luta por nós.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Como Deus atua quando jejuamos 3/4
Neemias, assim como Esdras era um homem temente a Deus e dedicado à oração; além disso, tinha outra virtude, que alegra muito o coração de Deus: amava intensamente os seus irmãos.
Amava de tal forma que não media esforços para ver a felicidade do povo judeu. Nos primeiros versículos do capítulo 1 do livro de Neemias, podemos observar o quanto Neemias estava ansioso para saber notícias acerca dos judeus que não foram levados de Jerusalém para o exílio na Babilônia, bem como da própria cidade de Jerusalém.
Quando Hanani e outros judeus vieram para Susã onde Neemias servia como copeiro do rei, deram a seguinte notícia sobre os judeus e sobre a cidade: “Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas.”(Neemias 1. 3)
Esse relato feriu tremendamente o coração de Neemias, a ponto de lamentar, chorar, jejuar e orar por alguns dias (Neemias 1. 4). Neemias deixa claro na sua oração que tal destruição tinha ocorrido por desobediência às Leis de Deus.
Provavelmente, Neemias orou e jejuou mais de quatro meses, depois disso Deus começou a operar maravilhosamente a fim de enviá-lo para liderar a restauração de Jerusalém, a reconstrução do muro e do Templo.
O arrependimento e a humilhação perante Deus trazem restauração. Deus muda o seu parecer quando humildemente O buscamos.
Veja como Deus atuou e como usou Neemias na reconstrução de Jerusalém:
Como Deus atuou? Primeiro momento: em Susã:
1. O rei Artaxerxes observou que Neemias estava triste (Neemias 2. 2-3);
2. O rei se ofereceu para ajudar Neemias (Neemias 2. 4-6);
3. O rei escreve cartas para os governadores pedindo permissão para que Neemias pudesse passar além do rio e chegar em Judá, e para Asafe (guarda da floresta do rei) a fim de que desse madeira para as vigas das portas do castelo e para o muro da cidade e para a casa que haveria de ocupar (Neemias 2. 7-8).
Como Deus atuou? Segundo momento: em Jerusalém:
1. O povo reconheceu que Deus havia enviado Neemias para reconstruir o muro (Neemias 2. 17-18);
2. Unidade do povo (Neemias 4. 6);
3. Estratégia correta para a construção do muro em tempo recorde: cinquenta e dois dias (Neemias 6. 15);
4. Os inimigos reconhecem que Deus opera em favor dos seus filhos (Neemias 6. 16).
Vale ressaltar que Neemias enfrentou séria oposição de Sambalate, Tobias, Gesém e muitos outros inimigos. A Bíblia relata que Sambalate ardeu em ira quando soube que o muro estava sendo edificado (Neemias 4. 1).
Deus quer nos ensinar que os inimigos existem e estão prontos a pelejar contra a obra que estamos realizando para Deus. Quando, porém, estamos com o coração voltado para o Reino, enfrentamos oposição de todos os lados.
Nesses momentos é importante termos a consciência de que nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra hostes espirituais, que cedem quando humildemente buscamos a Deus através do jejum e da oração. Aquele que não tem esse discernimento corre sério perigo de não conseguir “construir o muro” que Deus lhe confiou. Surge então o desânimo e o plano de Deus é prejudicado.
sábado, 20 de julho de 2013
Como Deus atua quando jejuamos 2/4
Deus confiou a Esdras uma grande tarefa: conduzir o povo (aproximadamente 1.400 homens, fora mulheres e crianças) de Babilônia até Jerusalém.
Esdras era sacerdote, escriba versado na Lei de Moisés, por isso era um homem que além de conhecer a Deus e aos seus mandamentos, tinha um coração aberto para obedecer e confiar plenamente em Deus. Veja o seguinte relato em Esdras 7. 10: “Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos”.
Esdras confiava tanto na proteção divina que declarou o seguinte ao rei Artaxerxes: “A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira, contra todos os que o abandonam.” (Esdras 8. 22b).
A declaração de Esdras ao rei foi uma declaração de fé; pois conduzir esse grande número de pessoas de Babilônia até Jerusalém, não seria nada fácil.
Esdras sabia que podia contar com o rei, a ponto de ter um exército de cavaleiros para os defenderem durante toda a viagem; pois eles fariam um longo percurso (cerca de 1.000 Km, de Babilônia até Jerusalém, em linha reta), carregando: “[...] seiscentos e cinqüenta talentos de prata (28.600Kg) e, em objetos de prata, cem talentos (4.400 Kg), além de cem talentos de ouro (4.900 Kg); e vinte taças de ouro de mil daricos (8,5 Kg) e dois objetos de lustroso e fino bronze, tão precioso como ouro.” (Esdras 8. 26-27).
Entretanto, Esdras preferiu confiar plenamente em Deus; por isso, sabendo do perigo que estavam correndo, resolveu apregoar um jejum, provavelmente de três dias (Esdras 8. 15) pedindo a proteção divina. E como sempre, Deus novamente atuou; veja o relato do próprio Esdras: “Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso” (Esdras 8. 21).
Como resultado desse ato de fé, Deus atuou de forma maravilhosa, conduzindo Esdras e todo o povo em plena segurança. Veja: “Partimos do rio Aava, no dia doze do primeiro mês, a fim de irmos para Jerusalém; e a boa mão do nosso Deus estava sobre nós e livrou-nos das mãos dos inimigos e dos que nos armavam ciladas pelo caminho.”(Esdras 8. 31).
Esdras, portanto, nos ensina que vale a pena depender exclusivamente de Deus. A obra que Deus nos confia, para ser realizada com êxito necessita, de nossa parte, plena submissão e confiança.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Como Deus atua quando jejuamos 1/4
A Bíblia relata que Ester perdeu seus pais, e que Mordecai, judeu benjamita, a tomou como filha. Ester era jovem e bela, de grande formosura, por isso achou graça aos olhos do rei Assuero.
“O rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti” (Ester 2. 17).
Vasti foi banida da sua posição de rainha por desobediência à palavra do rei; recusou-se a assistir ao banquete promovido pelo rei. A pedido de Mordecai, Ester não revelou a sua linhagem e nem o seu povo. As providências de Deus acontecem quando Ele pode contar com homens e mulheres que O obedecem.
Mordecai, um dia, assentado à porta do rei ficou sabendo que dois eunucos estavam tramando o assassinato do rei Assuero e contou ao rei. Após investigação, os dois eunucos foram pendurados numa forca e isso foi escrito no livro das Crônicas. Podemos observar a lealdade de Mordecai ao rei, porém, apesar disso, Mordecai não foi recompensado, mas sim Hamã que foi promovido tendo seu posto colocado acima de todos os príncipes.
A partir desse momento todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã, porque assim tinha ordenado o rei (logicamente que o rei Assuero era pagão e desconhecia as Leis de Deus).
“Mordecai, porém, não se inclinava nem se prostrava” (Ester 3. 2b). “Vendo, pois, Hamã que Mordecai não se inclinava, nem se prostrava diante dele, encheu-se de furor. Porém teve como pouco, nos seus propósitos, atentar apenas contra Mordecai; por isso, procurou Hamã destruir todos os judeus, povo de Mordecai, que havia em todo o reino de Assuero” (Ester 3. 5-6).
Hamã não perdeu a oportunidade e levou o caso para o rei, e este decretou a morte dos judeus, pois os judeus tinham leis diferentes dos outros povos.
Quando essa terrível notícia se tornou pública, Mordecai, Ester e todo o povo judeu passaram a clamar, pois criam que somente Deus poderia salvar os judeus.
É assim que Deus faz! Quando estamos totalmente impotentes perante os homens, Ele vem e muda totalmente o situação. Pelo esboço abaixo, podemos observar que Deus atua poderosamente quando o seu povo O busca através da oração e do jejum.
Como Deus atuou?
1. Deus interfere no sono do rei. No capítulo seis (Ester 6.1), Deus interferiu no sono do rei, levando-o a ler o livro das Crônicas onde estava registrado que Mordecai tinha denunciado os eunucos que queriam assassinar o rei. Ao saber disso, o rei promove Mordecai e Hamã é envergonhado;
2. Deus moveu o coração do rei. Deus opera no coração do rei o qual permite a presença de Ester (Ester 5. 2). Vale ressaltar que Ester, para entrar na presença do rei, jejuou e orou durante três dias e três noites, não só ela, mas todo o povo judeu (Ester 4. 16);
3. Deus dá sabedoria a Ester. Ester usando de sabedoria convidou o rei e Hamã para um banquete. Nesse banquete Hamã foi denunciado perante o rei (Ester 7. 6);
4. Hamã e condenado. Hamã é enforcado na forca que tinha preparado para Mordecai (Ester 7. 10);
5. O povo judeu se alegrou pela vitória. No capítulo 8. 16-17, o povo judeu comemora a vitória que Deus lhes deu. Foi um dia de banquetes e festas;
6. Deus exaltou Mordecai(Ester 10. 1-3);
7. Outros povos ser converteram ao judaísmo. “Muitos dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles” (Ester 8. 17).
Conclusão: quando buscamos a Deus através de uma vida totalmente submissa ao Espírito Santo, Ele responde e concede o livramento necessário.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Querida filha
Eu e sua mãe estamos felizes por mais um aniversário que Deus está lhe proporcionando. Louvamos a Deus por sua preciosa vida.
Lembro-me de cada fase da sua vida e também do seu rápido crescimento físico e espiritual. Várias situações me marcaram. Vamos recordar algumas:
1. Seu nascimento. Você antecipou alguns dias, por isso nós não tínhamos ainda o seu nome. Então, eu e sua mãe nos dedicamos a buscar em Deus o nome que Ele queria para você e Deus nos deu: L – A – R – I – S – S – A, um precioso nome que significa: CHEIA DE ALEGRIA. E filha, é exatamente isso que você veio nos trazer: ALEGRIA, que também é parte do fruto do Espírito, aliás é a segunda manifestação, sendo precedido apenas pelo amor.
2. Seus primeiros passos. Lembramo-nos muito bem, lá naquele prédio perto do Colégio Batista, na cozinha do apartamento. Quanta alegria sentimos ao vê-la, ainda indefesa e insegura, mas saíram seus primeiros passinhos.
3. Suas brincadeiras. Lembro-me quando deitado na minha cama, você agachava-se e por traz da guarda da cama, com todo cuidado para não ser percebida, de repente você tocava meus pés, me “acordava” e dizia: belé, belé. Ah! Filha, quantas saudades.
4. Seu novo nascimento e batismo. Agora seu entendimento já era maior. Você sempre mostrou interesse por Deus. Eu e sua mãe tivemos o privilégio de revelar a você o plano de salvação de Deus mediante Seu Filho, Jesus Cristo. Você sempre atenta, em obediência, declarou com a própria boca que Jesus Cristo é seu único e suficiente Salvador e Senhor. Não demorou muito e você cumpre mais uma ordenança e é batizada, pelo Pr. Júnior, lá na Igreja do Taquaral, em nome do Pai, do Filho e do Espírito. Nesse dia o Lucas também foi batizado. Deus continuava enchendo nosso coração de alegria ao ver nossos filhos seguindo o verdadeiro caminho.
5. Seu interesse por Deus. Há alguns meses atrás estávamos no culto de 3ª feira. Você estava sentada ao lado da sua mãe e atenta você observava a mensagem e fazia anotações na sua bíblia. Essa atitude, com certeza, alegrou em muito o coração de Deus e também o meu.
Querida filha, muito ainda poderia ser escrito, mas deixo para você relembrar essas cinco situações.
Finalizo desejando a você um feliz aniversário e muitos anos de vida na presença do nosso Deus e salvador Jesus Cristo.
Com amor verdadeiro,
seu pai.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
O poder da unidade
Nos últimos dias temos visto o povo brasileiro unido, alguns em manifestações pacíficas, outros usando tais manifestações para dar vazão às suas revoltas e instintos impiedosos e agressivos.
A história confirma que a unidade de um povo pode contribuir tanto para o bem como para o mal.
No livro de Gênesis, Capítulo 11, temos o relato de que o povo em unidade de pensamento, intenta construir uma cidade e uma torre – “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra” (Gênesis 11.4).
À primeira vista, o propósito parecia bom, mas Deus olhando para a intenção desse povo, que dizia: “tornemos célebre o nosso nome”, não aprovou esse projeto; por isso interferiu e o impediu, pois esse propósito tornaria o homem independente do seu Criador.
Veja nos versículos seguintes o poder da unidade: “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade” (Gênesis 11.6-7).
Porém, nos últimos dias, Deus também promoverá a unidade do seu povo, com um único intento: “[...] para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.21c).
João relatou no Capítulo 17 do seu evangelho a conhecida oração sacerdotal de Jesus. Nos versículos 20 e 21 a oração de Jesus enfoca a unidade da Igreja, quando ora ao Pai dizendo: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”.
Portanto, a unidade da Igreja foi uma das prioridades na oração de Jesus e devemos nos esforçar para que ela ocorra de forma intensa no Brasil e no Mundo.
terça-feira, 9 de julho de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Sete verdades contidas no livro de Jó
Introdução
O livro de Jó está cheio de sabedoria, revelações e verdades espirituais que se colocadas em prática, fornece ao crente uma vida plena e abundante no SENHOR.
1ª Verdade:
Deus é soberano e Satanás só age debaixo da vontade permissiva de Deus
Jó é relatado como um homem: “[...] íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” Durante um diálogo entre Deus e Satanás, Deus lhe pergunta: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” (Jó 1.8) Satanás então rebate a Deus dizendo que Jó O temia por interesse, afinal Deus o abençoára em todos os sentidos. Além disso, Satanás identificou uma sebe (cerca viva de proteção) ao redor de Jó, fato evidente da proteção de Deus ao Seu servo. Em seguida Satanás faz a Deus a seguinte sugestão: “Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.” (Jó 1.11). Em seguia Deus então aceita a sugestão do inimigo e no verso 12, Deus coloca sob o poder de Satanás tudo o que pertencia a Jó, porém com uma ressalva: "...somente contra ele não estendas a mão".
Notamos nessas passagens que Deus é soberano e Satanás não teve como atingir a Jó, sua família e bens, sem que Deus o permitisse.
2ª Verdade:
Satanás não consegue romper a sebe (escudo espiritual) que Deus coloca ao redor dos seus filhos
No verso 10, Satanás mesmo revela o motivo pelo qual ele e seus demônios não puderam atingir Jó, a casa de Jó (esposa e filhos) e tudo quanto tinha (seus bens). Havia ao redor de Jó uma sebe (significa: confinar ou fechar com uma cerca ao redor). Essa proteção não era percebida fisicamente por Jó, pois se tratava de uma proteção espiritual. Satanás e os demais demônios são também seres espirituais que identificam facilmente essa proteção e são limitados por ela; sendo, portanto impedidos de agir – a menos que Deus mesmo retire a Sua proteção. Os versículos seguintes expressam de forma clara essa proteção: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.” (Sl 34.7) e "Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o SENHOR, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.” (Sl 125.2)
3ª Verdade:
Nossa integridade e fidelidade a Deus não nos impede de sermos provados por Ele
A integridade e a pureza de Jó foram observadas por Deus. Alguém poderia dizer: mas Jó temeu (Jó 3.25) os ataques do inimigo, abrindo uma tremenda brecha para Satanás operar. Entretanto, no segundo diálogo entre Deus e Satanás temos o seguinte relato: Perguntou o SENHOR a Satanás: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.” (Jó 2.4). Observe que Deus mesmo afirma: “[...] embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.” Logo só há uma explicação para o caso de Jó. Ele foi tremendamete provado por Deus e Satanás apenas cumpriu os propósitos de Deus para confirmar que Jó realmente era um homem íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal.
4ª verdade:
Mesmo em meio ao sofrimento e provações podemos e devemos declarar nossa vitória e fé em Deus
Jó 19.25-27: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim.”
A declaração de fé e vitória feita por Jó foi fundamental e importante naquele momento de dor e sofrimento. Declarar é o mesmo que confessar, designar, profetizar em favor para que algo possa acontecer. A declaração profética de fé é contrária à atitude de murmuração; uma liberta a outra escraviza.
Jó declarou fé no seu Redentor, profetizou a sua cura dizendo: “Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, [...]” e tudo aconteceu segundo a fé declarada, profetizada.
5ª Verdade:
Em meio às provações devemos permanecer humildes, reconhecendo a grandeza de Deus
No capítulo três Jó amaldiçoa o dia do seu nascimento, numa situação de pleno desespero, dor e angústia; afinal os ataques tinham sido impiedosos ao ponto de agora até a sua saúde ter sido atingida por tumores malignos por todo o corpo (Jó 2.7). E nesse momento de total fragilidade sua fé é confrontada ao ponto de dizer: “Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece.” (Jó 3.25). Porém as provações não acabaram aí, há um longo percurso a percorrer e agora – do capítulo 4 ao 28 – , seus três amigos, Elifaz, Bildade e Zofar, só lhe trazem julgamentos e condenação. Nos capítulos 29 ao 31, temos os relatos das defesas de Jó. Ele defende sua integridade perante Deus dizendo que nunca cobiçou, nem adulterou. Defendeu também sua justiça e sua vida de caridade. Afirmou que nunca foi infiel a Deus, nem vingativo ou hipócrita. Os capítulos 32 a 37 relatam as falas de Eliú, um jovem que com sabedoria e discernimento conduz Jó a uma reflexão sobre a sabedoria e a justiça de Deus e destaca também o Seu poder e a majestade.
Nos capítulos seguintes, 38 a 42.6, temos o diálogo entre Deus e Jó. Deus se revela a ele como o Criador Soberano que tem todo o universo sob seu domínio. Perante a grandeza de Deus Jó se dobra e se humilha ao dizer:
Jó 40.3-5: "Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei."
Jó 42.1-2: “Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.”
Jó 42.5: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.”
6ª Verdade:
Jamais devemos julgar alguém pelas circunstâncias pelas quais está passando
Os amigos de Jó o julgaram e o acusaram de ter pecado, por isso a mão de Deus pesava sobre ele:
1. Elifaz (Jó 22.5):
"Porventura, não é grande a tua malícia, e sem termo, as tuas iniqüidades?"
2. Bildade (Jó 18.14)
"O perverso será arrancado da sua tenda, onde está confiado, e será levado ao rei dos terrores."
3. Zofar (Jó 20.4-7):
“Porventura, não sabes tu que desde todos os tempos, desde que o homem foi posto sobre a terra, o júbilo dos perversos é breve, e a alegria dos ímpios, momentânea? Ainda que a sua presunção remonte aos céus, e a sua cabeça atinja as nuvens, como o seu próprio esterco, apodrecerá para sempre; e os que o conheceram dirão: Onde está”?
4. Eliú (Jó 32 - 36):
Eliú, com sabedoria e discernimento não julgou nem condenou a Jó, mas o conduziu a uma reflexão sobre a sabedoria de Deus, sobre a justiça de Deus e destaca também o poder e a majestade de Deus.
Entretanto, Elifaz, Bildade e Zofar, foram repreendidos por não falarem verdade a respeito de Deus. Para não serem punidos, precisaram da intercessão do homem que eles mesmos acusaram de pecado (Jó 42.7-9).
7ª Verdade:
Atitudes corretas em relação a Deus trazem livramento e restauração
“[...] A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.” ( Jó 42.7b)
Deus avaliou cada palavra proferida por Jó e encontrou retidão em todas elas.
Observe algumas atitudes de Jó perante o seu sofrimento:
Jó 1.22: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.”
Jó 2.9-10: “Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”
Jó 40.3-5: "Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei."
Jó 42.1-2: “Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.”
Jó 42.5: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.”
Como resultado das atitutes corretas: “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra.” (Jó 42.10)
Conclusão
As revelações e verdades espirituais contidas na Palavra de Deus nos conduzem a uma vida espiritual abundante, livre das artimanhas e dos laços do inimigo.
A orientação de Jesus é: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8.32)
sábado, 6 de julho de 2013
Sete passos tomados por Davi para vencer Golias
Vamos primeiramente saber quem foi Golias. A Bíblia assim o descreve:
“Um homem chamado Golias, da cidade de Gate, saiu do acampamento filisteu para desafiar os israelitas. Ele tinha quase três metros de altura e usava um capacete de bronze e uma armadura também de bronze, que pesava uns sessenta quilos. As pernas estavam protegidas por caneleiras de bronze, e ele carregava nos ombros um dardo, também de bronze. A lança dele era enorme, muito grossa e pesada; a ponta era de ferro e pesava mais ou menos sete quilos. Na frente dele ia um soldado carregando o seu escudo.” (1 Samuel 17.4-7 NTLH).
Pela descrição acima Davi não tinha chance alguma de derrotar esse imenso filisteu; porém ao estudarmos todo o capítulo 17 de 1 Samuel vamos encontrar de forma bem distinta sete passos que levaram Davi à vitória.
1º passo: Motivação. Saul e todo o seu exército estavam apavorados e não sabiam como agir diante daquela situação. Porém, Davi ao saber que aquele que matasse o gigante receberia: (a) grandes riquezas, (b) casaria com a filha do rei, e (c) teria a isenção de impostos em Israel (1 Samuel 17.25), recebeu motivação necessária para lutar contra o gigante. Na verdade, todos os soldados do rei sabiam que tal trunfo traria todos esses benefícios; entretanto nenhum deles se motivou para derrotar o gigante. Davi porém, viu nisso uma grande oportunidade e motivou-se o suficiente para enfrentar Golias. A motivação gera força para lutar. Sem motivação nada pode ser conquistado. A motivação vence o medo. Logo é inegável que tal motivação desencadeou em Davi todos os demais passos que veremos.
2º passo: Comparar o inimigo com o poder de Deus. O Davi motivado começa agora a comparar o tamanho de Golias com o poder do seu Deus. Ele diz: "Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?" (1 Samuel 17.26). Primeira comparação: Golias era incircunciso (não tinha parte na Aliança de Deus), ele (Davi) era circuncidado e herdeiro da Aliança de Deus feita com Abraão. Segunda comparação: Golias e seu exército tornaram-se desprezíveis quando comparados com “os exércitos do Deus vivo”.
3º passo: Trazer à memória vitórias anteriores. Davi, como pastor de ovelhas tinha experimentado vitórias esmagadoras contra leões e ursos. Veja o que ele disse a Saul:
“Tenho matado leões e ursos e vou fazer o mesmo com esse filisteu pagão, que desafiou o exército do Deus vivo. O SENHOR Deus me salvou dos leões e dos ursos e me salvará também desse filisteu. (1 Samuel 17.36-37 NTLH).
Davi reconheceu que IAVÉ, o Deus de Israel o salvou dos leões e dos ursos e que faria o mesmo com relação àquele filisteu. Davi atribuía a Deus a sua vitória e não à sua própria força ou capacidade.
4º passo: Usar a armadura correta. Saul, preocupado com Davi, ofereceu-lhe sua armadura, entretanto Davi nem conseguia andar com aquela imensa armadura. Assim Davi resolve enfrentar o gigante com as armas que ele habilmente manejava: 1 cajado (vara), 1 alforje (implemento de caça ou guerra), 1 surrão (sacola), 1 funda (arma feita de uma tira estreita de couro) e 5 pedras lisas do ribeiro. Devemos lembrar que nossas armas não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas (2 Coríntios 10.4). Paulo nos ensina sobre a armadura de Deus (Efésios 6.10-18). Os sete aparatos dessa armadura são: (1) verdade, (2) justiça, (3) preparação do evangelho, (4) escudo da fé, (5) capacete da salvação, (6) espada do Espírito, (7) oração e súplica. Hoje nossos gigantes são espirituais e para vencê-los precisamos da armadura correta: a armadura espiritual.
5º passo: Profetizar a vitória. A Bíblia relata que Golias desprezou a Davi e o amaldiçoou dizendo: “Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas-feras do campo.” (1 Samuel 17.44). Frente a essa palavra, Davi poderia ter recuado de medo; entretanto, a confiança que ele tinha em IAVÉ, o Deus da aliança era muito maior do que aquelas ameaças. Davi então teve a reação correta e profetizou dizendo ao filisteu:
“Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o SENHOR te entregará nas minhas mãos; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. (1 Samuel 17.45-46).
6º passo: Reconhecer que Deus luta pelos seus filhos. Davi sempre atribuiu suas vitórias a IAVÉ. Ele jamais confiava no seu próprio braço. Ele declarou para o filisteu:
“Saberá toda esta multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos.” (1 Samuel 17.47).
Davi sabia que “do SENHOR é a guerra, e ele (o SENHOR) vos entregará nas nossas mãos.” Portanto, Davi soube reconhecer que quem afronta os filhos de Deus, afronta ao próprio Deus vivo.
7º Passo: Enfrentar o gigante. Os passos acima de nada adiantariam se Davi não se dispusesse a enfrentar o gigante. O versos de 48 a 51 relatam como Davi, de forma ousada enfrentou a Golias e de forma esmagadora venceu o filisteu incircunciso de aproximadamente 3 metros de altura.
Conclusão.
O segredo da vitória está em reconhecer o poder infinito de Deus em relação ao inimigo. A fé nos leva a ver a grandeza de Deus e a fragilidade do inimigo. Nossos inimigos atuais, sejam materiais ou espirituais, terão que se dobrar perante a grandeza do nosso Deus, o SENHOR DOS EXÉRCITOS, porque dEle é a guerra, e Ele mesmo entregará os inimigos nas nossas mãos.
Por Pb. Celso Lopes
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